terça-feira, 13 de abril de 2010

Primeira Guerra Samnita (343 a 341 a.C.)

Durante anos, os povos que viviam nos Montes Apeninos haviam lutado para expandir-se até as terras baixas da Campânia e da costa do Mar Tirreno, mas tanto etruscos como latinos haviam impedido estas invasões. Os samnitas eram uma destas rudes tribos apeninas que haviam se expandido até a costa da Campânia, onde tiveram contato com a mais avançada civilização grega, e que se supunha sua saída natural para o mar para dominar, assim, os mercados do Mar Tirreno. Por sua vez, os bruttios e os lucanos pressionavam as colônias gregas da Magna Grécia, sendo Tarento (atual Taranto) a principal delas.

A Primeira Guerra Samnita foi breve, entre 343 e 341 a.C. Após derrotarem os auruncos, os romanos visavam conquistar também a Campânia, consolidando a fronteira oriental que, mediante o Rio Liris, colocaria em contato a República Romana com o Sâmnio. Os samnitas, por sua vez, começaram a pressionar os sidicinos da cidade de Cales, os quais buscaram a ajuda de Capua. Contudo, Capua foi derrotada pelos samnitas e então foi solicitada a ajuda de Roma. Desta forma, Roma teve a desculpa necessária para atacar seus antigos aliados, devido ao crescente interesse em expandir suas redes comerciais fora do Lácio e monopolizar os centros comerciais, visando diminuir sua dependência da agricultura.

Os romanos, comandados por Marco Valério Corvo, obtiveram algumas vitórias em Campânia e no próprio Sâmnio. Contudo, a guerra não foi bem vista em alguns setores da sociedade romana. Houve, inclusive, rebeliões em algumas guarnições romanas em Campânia, que foram reprimidas por Valerio Corvo.

A guerra terminaria, anos mais tarde, com um compromisso de paz no qual os samnitas reconheceram a adesão de Capua a Roma e dos interesses romanos em Campânia. Os romanos, por sua vez, entregaram os territórios sidicinos ao domínio samnita. Imediatamente, os aliados latinos de Roma se rebelaram contra esta, já que foram obrigados a lutar contra os samnitas sem serem consultados e se sentiram oprimidos pelo controle que Roma exercia sobre eles, razão pela qual ocorreu a Segunda Guerra Latina.

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